quarta-feira, 14 de abril de 2010

BRASÍLIA – TERRAS


Kátia Abreu pede a Justiça que trate os trabalhadores rurais com violência
A senadora pelo estado de Tocantins e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu, pediu abertamente ontem (13/4) a criminalização dos movimentos sociais.
Ela protocolou uma carta ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, na qual exige que o governo utilize aparato policial para reprimir as ações dos movimentos sociais rurais no Abril Vermelho.
O Abril Vermelho está acontecendo em vários estados, como parte da Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária.

Em entrevista à imprensa, Kátia Abreu disse: “São 13 anos de Abril Vermelho e 25 anos de MST. É tempo suficiente para criminalizar esse movimento que já atingiu a maioridade faz tempo”.

Além de pedir o endurecimento radical contra a luta agrária, Kátia Abreu disse que a CNA, da qual é presidente, moverá processos individualmente contra lideranças que se envolverem em ocupações de terra este mês.

Em nota, o MST respondeu que a carta da senadora não apresenta qualquer proposta para a vida de 4 milhões de famílias pobres do campo, sem falar nas 90 mil que vivem acampadas em todo o país.

Também lembrou que Kátia Abreu é envolvida em um caso de roubo de terra ocorrido em seu estado no ano de 2002, bastante documentado e com processo correndo na Justiça.

O MST ainda lembrou que em 2002 o então presidente Fernando Henrique Cardoso instituiu o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, 17 de abril. E que, portanto, desde essa data é da lei brasileira o direito de lutar pela reforma agrária. (pulsar)

Nenhum comentário: