quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Crucifixo do Haiti


Crucifixo do Haiti Pe. Francisco Agamenilton Damascena

Acabo de ver a imagem do Crucifixo da Igreja Sacre Coeur du Tugeau, no Haiti, O templo sagrado desabou e restou aquele Crucifixo, quase intacto, grande, erguido, exposto aos olhares que banham de lágrimas as noites haitianas. As pessoas param em frente a ele, choram e rezam.
Esta imagem provoca o ser pensante. Por que foi assim? Por que aquele Crucifixo resistiu ao equivalente a 30 bombas nucleares como a de Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário.
Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucificado com eles e eles com Cristo. “Suas dores são minhas dores; suas lágrimas são minhas lágrimas; seu sangue é o meu sangue. Estou na cruz despido, como vocês que agora se encontram despidos de tantos bens.” Como disse o Profeta Isaías: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores” (Is 53,4).
Os braços do Filho de Deus permaneceram abertos em Porto Príncipe para acolher o clamor de homens e mulheres transpassados pela lança da destruição, da fome, da sede, da perda de esperanças. O lado aberto do Cordeiro de Deus ficou ali, às margens da rua destruída, para dar descanso e consolo aos que ainda gritam por socorro debaixo dos escombros de uma cidade cujo concreto tombou sobre vidas cheias de sonhos. “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). O Crucificado resistiu às forças cósmicas para dar refúgio e abrigo aos que vagueiam pelas ruas sem destino.
O Crucifixo do Haiti foi mais forte que o terremoto para manter viva na mente e coração dos que por aquela rua passarem a boa notícia: “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” (Jo 15,13). Ali ficou uma imagem sagrada feita de matéria, porém, ao seu lado, ficaram os corpos de homens e mulheres, que viveram até o fim o Mandamento Novo. Eles foram imagens vivas do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Trata-se da Dra. Zilda Arns e quinze sacerdotes presentes naquela igreja no momento da tragédia. Eles estavam juntos porque queriam amar intensamente as crianças daquela nação que esperavam por vida e vida em abundância.
O Crucifixo do Haiti permanece erguido e o Espírito de Deus fala aos corações das pessoas de bem que salvam aquela sofrida gente. “Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; ... Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25, 35-36.40).
O Crucificado ressuscitou e enviou do Pai o Espírito Santo renovando todas as coisas. Ele ficou naquela destruída rua para dizer: “Coragem, eu venci o mundo” (Jo 16,33). Em meio ao caos da maior tragédia enfrentada pela ONU, há esperança, a luz dissipa as trevas em cada pessoa resgatada com vida, e em cada criança amparada. E o brilho volta a resplandecer nos olhos que agora choram os mortos. É a força criativa e reconstrutora do Amor estampada no Crucificado do Haiti.
Pe. Francisco Agamenilton Damascena
Vice-reitor do Seminário Diocesano São José
Uruaçu – GO - Janeiro de 2010

Unidos do Candinho

Unidos do Candinho


Unidos do Candinho ensaia nesta 5ª, na Estação CulturaA população de Campinas e as pessoas que estiverem visitando a cidade podem participar nas duas próximas quintas-feiras, 28 de janeiro e 4 de fevereiro, dos ensaios do bloco carnavalesco Unidos do Candinho, na Plataforma da Estação Cultura, no centro da cidade. O bloco é formado por usuários, trabalhadores e parceiros da Saúde Mental de Campinas, de outras unidades da rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) e com apoio do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira.Mais que um bloco de carnaval, trata-se de um projeto terapêutico desenvolvido pela rede de centros de convivência do município. “Convidamos toda a rede de saúde de Campinas e a população em geral para sambar”, afirma a psicóloga Maíra Bonafé, que trabalha no centro de convivência. O desfile do bloco está marcado para 6 de fevereiro, com concentração às 12h no Ponto de Cultura Maluco Beleza e saída, às 14h, pelas ruas do distrito de Sousas. “Qualquer pessoa pode ir, levar instrumentos e participar”, disse.O Ponto de Cultura “Maluco Beleza” fica no Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira. O bloco tem um samba enredo que é resultado de uma composição conjunta dos usuários da unidade de saúde mental. Maíra explica que foram feitos dois sambas, posteriormente transformados em um só. “As políticas públicas no campo da Saúde preconizam uma atenção pautada na Intersetorialidade, com ofertas em áreas diversas, como trabalho e renda, educação, assistência social e Cultura.Conforme explica a psicóloga, nos eixos temáticos da última Conferência Municipal de Cultura, em Campinas, foi incluída a questão de ações em arte e cultura como estratégias para promoção de Saúde. Em sintonia com estas concepções, o Centro Cultural “Cândido/Fumec” desenvolve em Campinas o projeto denominado “Coletivo da Música”.O projeto surgiu por iniciativa de trabalhadores da rede de saúde mental da cidade que pretendiam se reunir para organizar atividades musicais em benefício dos usuários do SUS. A primeira ação do Coletivo é estimular a participação de interessados na composição da Bateria do Bloco Unidos do Candinho, que anualmente desfila no Distrito de Sousas, uma semana antes do Carnaval. Como em 2009, os ensaios da bateria aconteceram na Estação Cultura. “Mas o Carnaval está próximo e chega o momento de intensificar os encontros e ensaiar o samba enredo, recentemente escolhido dentre inúmeras contribuições”, afirma Maíra. Uma pré-gravação do samba foi realizada na tarde de 22 de dezembro, no estúdio do Ponto de Cultura Maluco Beleza. Os ensaios em 2010 são semanais e, nesta quinta-feira e na próxima, serão realizados os ensaios públicos finais, na Plataforma da Estação Cultura.A Rede SUS Campinas da Secretaria da Saúde conta com dez Centros de Convivência voltados à saúde mental da população. São eles: o Tear das Artes, a Casa das Oficinas, o Centro de Convivência Toninha, o Bem Viver, o Rosa dos Ventos, o Portal das Artes, o Espaço das Vilas, o João-de-Barro, e o Centro de Convivência do Jardim Aurélia, além do próprio Centro Cultural Cândido / Fumec. Os Centros de Convivência existem para promover a reinserção das pessoas, no âmbito da Saúde Mental, à sociedade.O Centro Cultural Cândido/Fumec, que desenvolve suas atividades desde 1997, foi criado numa parceria entre o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira e a Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec). Conta com o apoio, também, das secretaria municipais de Saúde (SMS), Educação (SME) e de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS) da Prefeitura de Campinas. Mais informações podem ser obtidas junto ao Ponto de Cultura Maluco Beleza com José Siqueira, por meio do email zesiqueira@uol.com.br , ou com Ludimila Palucci pelo email ludimilapalucci@yahoo.com.br. O Ponto de Cultura “Maluco Beleza” fica junto ao Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, à Rua Antônio Prado, 430, telefone (19) 3758-8600. Já o Centro Cultural “Candido/Fumec” fica na Rua Arthur Teixeira de Camargo, 282, em Sousas. O endereço da Estação Cultura, onde serão os ensaios públicos do bloco Unidos do Candinho fica na Praça Marechal Floriano Peixoto, sem número, no Centro.Confira o samba enredo do Unidos do Candinho:Viva a vida, viva a felicidadeNesta linda avenida, num sorriso sem igualUnidos do Candinho diz presentePara mostrar seu carnavalSua oficina faz uma arteSão pacientes, funcionários, diretores, estagiáriosVem cantar seu samba enredoNesta festa anual vem elogiar Campinas neste nosso carnaval.Eu posso ficar triste,Eu posso até chorarMas vou ficar sorrindoVendo o Candinho passarViva, viva, viva a vida.Viva, viva a felicidadeViva, viva, viva a vida.Eu vou para a avenidaViva, viva, viva a vida.Viva, viva a felicidadeEu vou para a avenidaE vou cantar para a cidadeMais informações à Imprensa: (19) 2116 - 0176 / 7806 - 5662 com Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde

Riscos da Leptospirose


Durante o Verão, quando a incidência de chuvas é maior, toda a população deve redobrar os cuidados com relação à leptospirose. É uma doença infecciosa febril de que pode se manifestar por meio de sintomas leves ou até mesmo em formas mais graves. A leptospirose é causada por uma bactéria chamada Leptospira e está presente na urina do rato.


Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves.


Em situações de enchentes, inundações e alagamentos, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou com a lama contaminada poderá ser infectada.

A Leptospira penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão. O cuidado de evitar contato com água ou lama contaminadas e terrenos baldios onde existem ratos deve ser redobrado nesta época de chuvas, e mantido mesmo na seca.

Os sintomas mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como os da gripe. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo (principalmente nas panturrilhas, as “batatas” das pernas), e também, pode ocorrer a icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).

Nas formas mais graves são necessários cuidados especiais, inclusive internação hospitalar. Portanto, se uma pessoa que entrou em contato com as águas de enchente, enxurradas ou esgoto tiver esses sintomas, ela deve procurar o Centro de Saúde mais próximo.


“Esta pessoa que apresenta os sintomas, inclusive, não deve deixar de relatar ao profissional da Saúde sobre o seu contato com água, lama, ou terreno baldio onde possa ter ficado exposta à contaminação através da urina do rato”, disse a enfermeira sanitarista Maria Filomena de Gouveia Vilela, coordenadora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.


Diagnóstico precoce
A leptospirose é uma doença curável e seu diagnóstico e tratamento precoces são as melhores soluções. Os primeiros sintomas podem aparecer de um a trinta dias depois do contato com a água ou lama contaminada, mas, na maioria dos casos, aparece de sete a quatorze dias após o contato com a urina do roedor. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, hidratação e suporte clínico, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados.


De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a ocorrência da leptospirose está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.


Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil. A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos), disponível em serviços particulares, evita que estes adoeçam e transmitam a doença por aqueles sorovares que a vacina protege, ficando a critério do proprietário, vacinar ou não o animal, sendo válida como estratégia de proteção individual.
Neste período de férias de Verão, os técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS) recomendam à população que evite ambientes que possam estar contaminados por urina de ratos e outros animais, bem como entrar em contato com água ou lama de enchentes ou rios e lagos suspeitos.
No caso das pessoas que vão viajar ou estão viajando, a sugestão é procurar informações sobre a ocorrência de leptospirose na região que vai visitar. Se adoecer no retorno, a pessoa deve relatar sua viagem e as prováveis situações de risco pelas quais passou (enchentes, acampamentos, rios e lagos, principalmente).


Roedores
A presença do roedor em áreas urbanas e rurais gera agravos econômicos e sanitários de relevância ao homem. O roedor participa da cadeia epidemiológica de pelo menos trinta doenças transmitidas ao homem. Leptospirose e hantaviroses (por eles transmitidas) são doenças de importância no Brasil. Ocorrem, em média, cerca de 3,2 mil casos de leptospirose humana no país anualmente, com letalidade média de 12%.

Em Campinas, no ano de 2008 foram registrados 26 casos da doença. No ano passado foram registrados 36 casos de leptospirose. Até o momento não foram registrados casos de leptospirose em Campinas no ano de 2010.

Mais informações à Imprensa: (19) 2116 - 0176 / 7806 - 5662 com Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde













domingo, 24 de janeiro de 2010

Fórum Social Mundial


Acompanhe o Fórum Social Mundial na cobertura da Agência‏
De: Lívia Duarte (liviadmduarte@gmail.com)

O décimo Fórum Social Mundial será realizado entre os dias 25 e 29 na Grande Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A Agência Pulsar participa da cobertura compartilhada produzindo materiais em português e espanhol a partir deste domingo (24/01).

Diarimente serão publicadas notas sobre os últimos acontecimentos do fórum que, desta vez, será descentralizado. Acompanharemos as atividades da Grande Porto Alegre agora e a partir do dia 28 uma correspondente conta o que passa em Salvador, Bahia. Os panoramas diários das atividades no Sul do Brasil incluirão ainda programa de quinze minutos de áudio com entrevistas e flashes.


A cobertura da Pulsar Brasil será compartilhada com Pulsar ALC, AMARC e Aller, no marco do programa Ritmo Sul. Participaremos também da construção do já tradicional Fórum de Rádios do FSM. Todo o conteúdo está sendo publicado também no site www.ciranda.net , que reunirá muitos outros materiais produzidos por veículos de comunicação alternativa. Vale lembrar que todo o material da Agência Pulsar pode ser reproduzido livremente. Pedimos apenas que a fonte seja citada.


O dia 24 será marcado por um evento comemorativo dos dez anos de comunicação compartilhada no Fórum Social Mundial. As rodas de diálogo serão também um espaço de avaliação e discussão sobre o papel estratégico da comunicação compartilhada na construção de um mundo mais justo.


Na programação oficial do Fórum Social Mundial estão debates sobre o panorama mundial em diversas áreas como economia, política e articulação dos movimentos sociais. A expectativa é que sempre esteja no horizonte uma avaliação de como a reunião da sociedade em torno do Fórum modificou o cenário mundial. Também serão realizadas as tradicionais atividades auto-gestionadas que são organizadas por entidades de todo o país. Temas como transgênicos, reforma urbana e comunicação livre estão na pauta. Acompanhe estas e outras atividades do Fórum Social Mundial na cobertura da Agência Pulsar. O material pode ser acessado diretamente na página da Pulsar: www.brasil.agenciapulsar.org


Também é possível optar por receber todos os conteúdos em um ou dois e-mails diários. É só se inscrever gratuitamente em nossa página.

(pulsar)

sábado, 16 de janeiro de 2010

AMA ANIMAL



APOIO CULTURAL DO MINISTÉRIO DA CULTURA ATRAVÉS DO PRÊMIO PONTOS DE MIDÍA LIVRE 2009 JORNAL DOS TRABALHADORES


AMA ANIMAL
http://www.amanimal.com.br
institutoama@bol.com.br
Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além do nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura." (Richard Gere)
PROJETO PEQUENO ADESTRADOR









sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Zilda Arns > Pedido de Oração



Dom Bruno Gamberine

Arcebispo Metropolitano de Campinas

Campinas, 14 de Janeiro de 2010
Aos
Srs. Párocos, Administradores Paroquiais, Vigários Paroquiais, Diáconos, Seminaristas, Religiosos (as), Áreas Pastorais, Comissões Arquidiocesanas, Conselhos Pastorais, Movimentos, Colégios Católicos, PUC-Campinas e todo o Povo de Deus
Paz e Bem!
Temos acompanhado com atenção e tristeza os recentes acontecimentos no Haiti, que provocaram muita dor e destruição naquele país, tirando a vida de tantos irmãos e irmãs, entre eles o Arcebispo da capital Porto Príncipe, presbíteros, religiosos, seminaristas, além de militares brasileiros e da querida Dra. Zilda Arns – fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.
Neste momento em que toda a Comunidade Internacional busca se mobilizar para, na medida do possível, aliviar o sofrimento de tantas pessoas, a Igreja Católica é convocada também a demonstrar de forma concreta a caridade que brota do coração misericordioso de Deus.
Ainda ontem, Sua Santidade Bento XVI conclamava: “Apelo à generosidade de todos, para que não falte aos nossos irmãos e irmãs, neste momento de necessidade, nossa concreta solidariedade e um suporte efetivo por parte da comunidade internacional”. E mais: “A Igreja Católica acionará imediatamente suas instituições humanitárias para atender às necessidades mais urgentes da população”.
Desse modo, solicitamos a todos, e com a devida urgência, a realização de uma Coleta Solidária ao Povo do Haiti nas celebrações e encontros dos dois próximos finais de semana (16 e 17 e/ou 23 e 24 de janeiro) que deve ser encaminhada diretamente à tesouraria da Arquidiocese. Esta, por sua vez, repassará os valores para a Cáritas Arquidiocesana – uma das entidades delegadas pela Santa Sé para receber e encaminhar as doações ao povo haitiano.
Pedimos que todos rezem, com abertura de coração, pelas vítimas dessa catástrofe. “Não é hora de perdermos a esperança”, nos recorda Dom Paulo Evaristo Arns na mensagem pelo falecimento de sua irmã, Dra. Zilda Arns. Que, seguindo o exemplo de dedicação dessa incansável servidora do Senhor, nos esforcemos ainda mais na construção de uma vida digna para todos – especialmente os que mais sofrem.
Reforçamos o convite a todo o povo de Deus para rezarmos juntos na intenção de Dra. Zilda Arns e de todas as vítimas do terremoto. A celebração eucarística será no próximo sábado, dia 16 de janeiro, às 12h15, na Catedral Metropolitana de Campinas e contará com a minha presença e a participação de todos os envolvidos no trabalho da Pastoral da Criança em nossa Arquidiocese.
Certos da colaboração e da generosidade de todos, despedimo-nos suplicando as bênçãos de Deus e a intercessão sempre generosa da Imaculada Conceição sobre todos nós.
Em Cristo Jesus,
Dom Bruno Gamberini
Arcebispo Metropolitano de Campinas

ZILDA ARNS NO HAITI



ÍNTEGRA DA PALESTRA DE ZILDA ARNS NO HAITI

Agradeço o honroso convite que me foi feito. Quero manifestar minha grande alegria por estar aqui com todos vocês em Porto Príncipe, Haiti, para participar da assembleia de religiosos.
Como irmã de dois franciscanos e de três irmãs da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, estou muito feliz entre todos vocês. Dou graças a Deus por este momento.
Na realidade, todos nós estamos aqui, neste encontro, porque sentimos dentro de nós um forte chamado para difundir ao mundo a boa notícia de Jesus. A boa notícia, transformada em ações concretas, é luz e esperança na conquista da paz nas famílias e nas nações. A construção da paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, e se transforma em fraternidade e responsabilidade social.
A paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum, que aprendemos com nosso mestre Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).
Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, a ser como ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos. Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente. Devemos nos esforçar para que nossos legisladores elaborem leis e os governos executem políticas públicas que incentivem a qualidade da educação integral das crianças e saúde, como prioridade absoluta.
O povo seguiu Jesus porque ele tinha palavras de esperança. Assim, nós somos chamados para anunciar as experiências positivas e os caminhos que levam as comunidades, famílias e pais a serem mais justos e fraternos.
Como discípulos e missionários, convidados a evangelizar, sabemos que força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o amor, expressado na solidariedade fraterna, capaz de mover montanhas: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos” significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade. Todo esse caminho necessita de comunicação constante para iluminar, animar, fortalecer e democratizar nossa missão de fé e vida. Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quanto a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.
Não é por nada que disse Jesus: “… se vocês não ficarem iguais a estas crianças, não entrará no Reino dos Céus” (MT 18,3). E “deixem que as crianças venham a mim, pois deles é o Reino dos Céus” (Lc 18, 16).
Hoje vou compartilhar com vocês uma verdadeira história de amor e inspiração divina, um sonho que se fez realidade. Como ocorreu com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), “Jesus caminhava todo o tempo com eles. Ele foi reconhecido a partir do pão, símbolo da vida.” Em outra passagem, quando o barco no Mar da Galileia estava prestes a afundar sob violentas ondas, ali estava Jesus com eles, para acalmar a tormenta. (Mc 4, 35-41).
Com alegria vou contar o que “eu vi e o que tenho testemunhado” a mais de 26 anos desde a fundação da Pastoral da Criança, em setembro de 1983.
Aquilo que era uma semente, que começou na cidade de Florestópolis, Estado do Paraná, no Brasil, se converteu no Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, presente em 42 mil comunidades pobres e nas 7.000 paróquias de todas as Dioceses da Brasil.
Por força da solidariedade fraterna, uma rede de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres, 92% são mulheres, e participam permanentemente da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, em serviço da vida e da esperança. Cada voluntário dedica em média 24 horas ao mês a esta missão transformadora de educar as mães e famílias pobres, compartilhar o pão da fraternidade e gerar conhecimentos para a transformação social.
O objetivo da Pastoral da Criança é reduzir as causas da desnutrição e a mortalidade infantil, promover o desenvolvimento integral das crianças, desde sua concepção até o seis anos de idade. A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, a educação, a consolidação dos valores culturais, o cultivo da fé e da cidadania com profundas repercussões por toda a vida.
Um pouco de história:
Sou a 12ª de 13 irmãos, cinco deles são religiosos. Três irmãs religiosas e dois sacerdotes franciscanos. Um deles é D. Paulo Evaristo, o Cardel Arns, Arcebispo emérito de São Paulo, conhecido por sua luta em favor dos direitos humanos, principalmente durante os vinte anos da ditadura militar do Brasil.
Em maio de 1982, ao voltar de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, D. Paulo me chamou pelo telefone à noite. Naquela reunião, James Grant, então diretor executivo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), falou com insistência sobre o soro oral. Considerado como o maior avanço da medicina no século passado, esse soro era capaz de salvar da morte milhões de crianças que poderiam morrer por desidratação devido a diarreia, uma das principais causas da mortalidade infantil no Brasil e no mundo. James Grant conseguiu convencer a D. Paulo para que motivasse a Igreja Católica a ensinar as mães a preparar e administrar o soro oral. Isto podia salvar milhares de vidas.
Viúva fazia cinco anos, eu estava, naquela noite histórica, reunida com os cinco filhos, entre os nove e dezenove anos, quando recebi a chamada telefônica do meu irmão D. Paulo. Ele me contou o que havia passado e me pediu para refletir sobre ele. Como tornar realidade a proposta da Igreja de ajudar a reduzir a morte das crianças? Eu me senti feliz diante deste novo desafio. Era o que mais desejava: educar as mães e famílias para que soubessem cuidar melhor de seus filhos!
Creio que Deus, de certo modo, havia me preparado para esta missão. Baseada na minha experiência como médica pediatra e especialista em saúde pública e nos muitos anos de direção dos serviços públicos de saúde materna-infantil, compreendi que, além de melhorar a qualidade dos serviços públicos e facilitar às mães e crianças o acesso a eles, o que mais falta fazia às mães pobres era o conhecimento e a solidariedade fraterna, para que pudessem colocar em prática algumas medidas básicas simples e capazes de salvar seus filhos da desnutrição e da morte, como por exemplo a educação alimentar e nutricional para as grávidas e seus filhos, a amamentação materna, as vacinas, o soro caseiro, o controle nutricional, além dos conhecimentos sobre sinais e sintomas de algumas doenças respiratórias e como as prevenir.
Me vem à mente então a metodologia que utilizou Jesus para saciar a fome de 5.000 homens, sem contar as mulheres e as crianças. Era noite e tinham fome. Os discípulos disseram a Jesus que o melhor era que deixassem suas casa, mas Jesus ordenou: “Dai-lhes vós de comer”. O apóstolo Felipe disse a Jesus que não tinham dinheiro para comprar comida para tanta gente. André, irmão de Simão, sinalou a uma criança que tinha dois peixes e cinco pães. E Jesus mandou que se sentassem em grupos de cinquenta a cem pessoas (em pequenas comunidades). Então pensei: “Por que morrem milhões de crianças por motivos que podem facilmente ser prevenidos? O que faz com que eles se tornem criminosos e violentos na adolescência?”
Recordei o inicio da minha carreira, quando me desafiei a querer diminuir a mortalidade infantil e a desnutrição. Vieram a minha mente milhares de mães que trocaram o leite materno pela mamadeira diluída em água suja. Outras mães que não vacinam seus filhos, quando não havia ainda cesta básica no Centro de Saúde. Outras mães que limpavam o nariz de todos os seus filhos com o mesmo pano, ou pegavam seus filhos e os humilhavam quando faziam xixi na cama. E, ainda mais triste, quando o pai chegava em casa bêbado. Ao ouvir o grito de fome e carinho de seus filhos, os venciam mesmo quando eram muito pequenos. Sabe-se, segundo resultados de pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde), cuja publicação acompanhei em 1994, que as crianças maltratadas antes de um ano de idade têm uma tendência significativa para violência, e com frequência fazem crimes antes dos 25 anos.
A Igreja, que somos todos nós, que devíamos fazer?
Tive a seguridade de seguir a metodologia de Jesus: organizara as pessoas em pequenas comunidades; identificar líderes, famílias com grávidas e crianças menores de seis anos. Os líderes que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nessa missão de salvar vidas, seriam capacitados, no espírito da fé e vida, e preparados técnica e cientificamente, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho para que não se desanimassem. Teriam a missão de compartilhar com as famílias a solidariedade fraterna, o amor, os conhecimentos sobre os cuidados com as grávidas e as crianças, para que estes sejam saudáveis e felizes. Assim como Jesus ordenou que considerassem se todos estavam saciados, tínhamos que implantar um sistema de informações, com alguns indicadores de fácil compressão, inclusive para líderes analfabetos ou de baixa escolaridade. E vi diante de mim muitos gestos de sabedoria e amor apreendidos com o povo.
Senti que ali estava a metodologia comunitária, pois podia se desenvolver em grande escala pelas dioceses, paróquias e comunidades. Não somente para salvar vidas de crianças, mas também para construir um mundo mais justo e fraterno. Seria a missão do “Bom Pastor”, que estão atentos a todas as ovelhas, mas dando prioridade àquelas que mais necessitam. Os pobres e os excluídos.
Naquela maravilhosa noite, desenhei no papel uma comunidade pobre, onde identifique famílias com grávidas e filhos menores de seis anos e lideres comunitários, tanto católicos como de outras confissões e culturas, para levar adiante ações de maneira ecumênica, pois Jesus veio par que “todos tenham Vida e Vida em abundância” (João 10,10). Isto é o que precisa ser feito aqui no Haiti: fazer um mapa das comunidades pobres, identificar as crianças menores de 6 anos e suas famílias e lideres comunitários que desejam trabalhar voluntariamente.
Desde a primeira experiência, a Pastoral da Criança cultivou a metodologia de Jesus, que é aplicada em grande escala. No Brasil, em mais de 40 mil comunidades, de 7.000 paróquias de todas as 272 diocese e prelazias. Está se estendendo a 20 países. Estes são, na América Latina e no Caribe: Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Peru, Venezuela, Guatemala, Panamá, República Dominicana, Haiti, Honduras, Costa Rica e México; na África: Angola, Guiné-Bissau, Guiné Conakry e Moçambique, e na Ásia: Filipinas e Timor Leste.
Para organizar melhor e compartilhar as informações e a solidariedade fraterna entre as mães e famílias vizinhas, as ações se baseiam em três estratégias de educação e comunicação: individual, de grupo e de massas. A Pastoral da Criança utiliza simultaneamente as três formas de comunicação para reforçar a mensagem, motivar e promover mudanças de conduta, fortalecendo as famílias com informações sobre como cuidar dos filhos, promovendo a solidariedade fraterna.
A educação e comunicação individual se fazem através da “Visita Domiciliar Mensal nas famílias” com grávidas e filhos. Os líderes acompanham as famílias vizinhas nas comunidades mais pobres, nas áreas urbanas e rurais, nas aldeias indígenas e nos quilombos, e nas áreas ribeirinhas do Amazonas. Atravessam rios e mares, sobem e descem montes de encostas íngremes, caminham léguas, para ouvir os clamores das mães e famílias, para educar e fortalecer a paz, a fé e os conhecimentos. Trocam ideias sobre saúde e educação das crianças e das grávidas; ensinam e aprendem.
Com muita confiança e ternura, fortalecem o tecido social das comunidade, o que leva a inclusão social.
Motivados pela Campanha Mundial patrocinadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1999, com o tema “Uma vida sem violência é um direito nosso”, a Pastoral da Criança incorporou uma ação permanente de prevenção da violência com o lema “A Paz começa em casa”. Utilizou como uma das estratégias de comunicação a distribuição de seis milhões de folhetos com “10 Mandamentos para alcançar a paz na família”, debatíamos nas comunidades e nas escolas, do norte ao sul do país.
As visitas, entre tantas outras ações, servem para promover a amamentação materna, uma escola de dialogo e compartilhar, principalmente quando se dá como alimento exclusivo até os seis meses e se continua dando como alimento preferencial além do um ano, inclusive além dos dois anos, complementarmente com outros alimentos saudáveis. A sucção adapta os músculos e ossos para uma boa dicção, uma melhor respiração e uma arcada dentária mais saudável. O carinho da mãe acariciando a cabeça do bebe melhora a conexão dos neurônios. A psicomotricidade da criança que mama no peito é mais avançada. Tanto é assim que se senta, anda e fala mais rápido, aprende melhor na escola. É fator essencial para o desenvolvimento afetivo e proteção da saúde dos bebês, para toda a vida. A solidariedade desponta, promovida pelas horas de contato direto com a mãe. Durante a visita domiciliar, a educação das mulheres e de seus familiares eleva a autoestima, estimula os cuidados pessoais e os cuidados com as crianças. Com esta educação das famílias se promove a inclusão social.
A educação e a comunicação grupal têm lugar cada em cada mês em milhares de comunidades. Esse é o Dia da Celebração da Vida. Momento dedicado ao fortalecimento da fé e da amizade entre famílias. Além do controle nutricional, estão os brinquedos e as brincadeiras com as crianças e a orientação sobre a cidadania. Neste dia as mães compartilham práticas de aproveitamento adequado de alimentos da região de baixo custo e alto valor nutritivo. As frutas, folhas verdes, sementes e talos, que muitas vezes não são valorizados pelas famílias.
Outra oportunidade de formação de grupo é a Reunião Mensal de Reflexão e Evolução dos líderes da comunidade. O objetivo principal desta reunião é discutir e estabelecer soluções para os problemas encontrados.
Essas ações integram o sistema de informação da Pastoral da Criança para poder acompanhar os esforços realizados e seus resultados através de Indicadores. A desnutrição foi controlada. De mais de 50% de desnutridos no começo, hoje está em 3,1%. A mortalidade infantil foi drasticamente reduzida e hoje está em 13 mortos por mil nascidos vivos nas comunidades com Pastoral da Criança. O índice nacional é 2,33, mas se sabe que as mortes em comunidades pobres, onde estão a Pastoral da Criança, é maior que é na média geral. Em 1982, a mortalidade infantil no Brasil foi 82,8 por mil nascidos vivos. Estes resultados têm servido de base para conquistar entidades, como o Ministério da Saúde, Unicef, Banco HSBC, e outras empresas. Elas nos apoiam nas capacitações e em todas as atividades básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. O custo criança/mês é de menos de US$ 1.
Em relação à educação e à comunicação de massas apresentará três experiências concretas de como a comunicação é um instrumento de defesa dos direitos da infância.
Materiais impressos
O material impresso foi concebido especificamente para ajudar a formação do líder da Pastoral da Criança. Os instrutores e os multiplicadores servem como ferramenta de trabalho na tarefa de guiar as famílias e comunidades sobre questões de saúde, nutrição, educação e cidadania. Além do Guia da Pastoral da Criança, se colocou em marcha publicações como o Manual do Facilitador, Brinquedos e Jogos, Comida e as Hortas Familiares, alfabetização de jovens e adultos e mobilização social.
O jornal da Pastoral da Criança, com tiragem mensal de cerca de 280 mil — ou seja 3 milhões e 300 mil exemplares por ano — chega a todos os líderes da Pastoral da Criança. É uma ferramenta para a formação continua.
O Boletim Dicas abarca questões relacionadas com a saúde e a educação para cidadania. Este especialmente concebido para os coordenadores e capacitadores da Pastoral da Criança. Cada publicação chega a 7.000 coordenadores.
Para ajudar na vigilância das mulheres grávidas, a Pastoral da Criança criou os laços de amor, cartões com conselhos sobre a gravidez e um partos saudável.
Outros materiais impressos de grande impacto social é o folheto com os 10 mandamentos para a Paz na Família, 12 milhões de folhetos foram distribuídos nos últimos anos.
Além desses materiais impressos, se envia para as comunidades da Pastoral da Criança material para o trabalho de pesagem das crianças, objetos como balanças e também colheres de medir para a reidratarão oral e sacos de brinquedos para as crianças brincarem no dia da celebração da vida.
Material de som e vídeo
Outra área em que a Pastoral da Criança produz materiais é de som e a produção de filmes educativos. O Show ao vivo da Rádio da Vida, produzido e gravado no estúdio da Pastoral da Criança, chega a milhões de ouvintes em todo Brasil. Com os temas de saúde, de educação na primeira infância e a transformação social, o programa de rádio Viva a Vida se transmite semanalmente 3.740 vezes. Estamos “no ar”, de 2.310 horas semanais em todo Brasil. Além disso, o Programa Viva a Vida também se executa em vários tipos de sistemas de som de CD e aparados nas reuniões de grupo.
A Pastoral da Criança também produz filmes educativos para melhorar e dar conhecimento de seu trabalho nas bases. Atualmente há 12 títulos produzidos que sem ocupam na prevenção da violência contra as crianças, comida saudável, na gravidez, e na participação dos Conselhos Municipais de Saúde, na preservação da AIDS e outros.
Campanhas
A Pastoral da Infância realiza e colabora em várias campanhas para melhorar a qualidade de vida das mulheres grávidas, famílias e crianças. Estes são alguns exemplos:
a. Campanhas de sais de reidratação oral
b. Campanha de Certidão de Nascimento: a falta de informação, a distância dos escritórios e a burocracia fazem com que as pessoas fiquem sem uma certidão de nascimento. A mobilização nacional para o registro civil de nascimento, que une o Estado brasileiro e a sociedade, [busca] garantir a cada cidadão de pleno direito o nome e os direitos.
c. Campanha para promover o aleitamento materno: o leite materno é um alimento perfeito que Deus colocou à disposição nos primeiros anos de vida. Permanentemente, a Pastoral da Criança promove o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e, em seguida, continuar, com outros alimentos. Isso protege contra doenças, desenvolve melhor e fortalece a criança.
d. Campanha de prevenção da tuberculose, pneumonia e hanseníase: as três doenças continuam a afetar muitas crianças e adultos em nosso país. A Pastoral da Criança prepara materiais específicos de comunicação para educar o público sobre sintomas, tratamento e meios de prevenção destas doenças.
e. Campanha de Saneamento: o acesso à água potável e o tratamento de águas residuais contribuem para a redução da mortalidade infantil. A Pastoral da Criança, em colaboração com outros organismos, mobiliza a comunidade para a demanda por tais serviços a governos locais e usa os meios ao seu dispor para divulgar informações relacionadas ao saneamento.
f. Campanha de HIV/Aids e Sífilis: o teste do HIV/Aids e sífilis durante o pré-natal permite a redução de 25% para 1% do risco de transmissão para o bebê. A Pastoral da Criança apoia a campanha nacional para o diagnóstico precoce destas doenças.
g. Campanha para a Prevenção da morte súbita de bebês “Dormir de barriga para cima é mais seguro”: Com a finalidade de alertar sobre os riscos e evitar até 70% das mortes súbitas na infância, a Pastoral da Criança lançou esta grande campanha dirigida às famílias para que coloquem seus bebês para dormir de barriga para cima.
h. Campanha de Prevenção do Abuso Infantil: Com esta campanha, a Pastoral da Criança esclarece as famílias e a sociedade sobre a importância da prevenção da violência, espancamentos e abuso sexual. Esta campanha inclui a distribuição de folheto com os dez mandamentos para a paz na família, como um incentivo para manter as crianças em uma atmosfera de paz e harmonia.
i. Campanha - 20 de novembro, dia de oração e de ação para as crianças: A Pastoral da Criança participa dos esforços globais para a assistência integral e proteção a crianças e adolescentes, em colaboração com a Rede Mundial de Religiões para a Infância (GNRC).
Em dezembro de 2009, completei 50 anos como médica e, antes de 2002, confesso que nunca tinha ouvido falar em qualquer programa da Unicef ou da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou de outra agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que estimulasse a espiritualidade como um componente do desenvolvimento pessoal. Como um dos membros da delegação do Brasil na Assembleia das Nações Unidas em 2002, que reuniu 186 países, em favor da infância, tive a satisfação de ouvir a definição final sobre o desenvolvimento da criança, que inclui o seu “desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo”. Este foi um avanço, e vem ao encontro do processo de formação e comunicação que fazemos na Pastoral da Criança. Neste processo, vê-se a pessoa de maneira completa e integrada em sua relação pessoal com o próximo, com o ambiente e com Deus.
Estou convencida de que a solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso à saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e restauração do meio ambiente. Como destaca o recente documento do papa Bento 16, “Caritas in veritate” (Caridade na verdade), “a natureza é um dom de Deus, e precisa ser usada com responsabilidade.” O mundo está despertando para os sinais do aquecimento global, que se manifesta nos desastres naturais, mais intensos e frequentes. A grande crise econômica demonstrou a inter-relação entre os países.
Para não sucumbir, exige-se uma solidariedade entre as nações. É a solidariedade e a fraternidade aquilo de que o mundo precisa mais para sobreviver e encontrar o caminho da paz.
Final
Desde a sua fundação, a Pastoral da Criança investe na formação dos voluntários e no acompanhamento de crianças e mulheres grávidas, na família e na comunidade. Atualmente, existem 1.985.347 crianças, 108.342 mulheres grávidas de 1.553.717 famílias. Sua metodologia comunitária e seus resultados, assim como sua participação na promoção de políticas públicas com a presença em Conselhos de Saúde, Direitos da Criança e do Adolescente e em outros conselhos levaram a mudanças profundas no país, melhorando os indicadores sociais e econômicos. Os resultados do trabalho voluntário, com a mística do amor a Deus e ao próximo, em linha com nossa mãe terra, que a todos deve alimentar, nossos irmãos, os frutos e as flores, nossos rios, lagos, mares, florestas e animais. Tudo isso nos mostra como a sociedade organizada pode ser protagonista de sua transformação. Neste espírito, ao fortalecer os laços que ligam a comunidade, podemos encontrar as soluções para os graves problemas sociais que afetam as famílias pobres.
Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.
Muito Obrigada!
Que Deus esteja convosco!
Dra. Zilda Arns Neumann
Médica pediatra e especialista em Saúde Pública
Fundadora e Coordenadora da Pastoral da Criança Internacional
Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BLECAUTES DE ITAIPU


Em todos os blecautes, acontecido na Usina Hidrelétrica de Itaipu. Os esclarecimentos não estão, concluídos, e não foram totalmente esclarecidos ainda, será que não estão escondendo informações que os blecautes acontecerem por falhas técnicas na regulagem do Relés de Proteção devido a substituição de equipamentos .
Governo tem que apurar se realmente houve substituição de tais equipamentos e se houve mudança de tipo e fabricante.
Como também se foi feito realizados todos os procedimentos de aferição dos novos equipamentos ,compativel com sistema Brasileiro.
Para a regulagem dos mesmos equipamentos, acredito que foi realizado um ajuste fino, que esteja em desacordo este com nosso sistema elétrico

Campanha de devolução de armas em 2010


Segurança
Governo vai fazer campanha de devolução de armas em 2010
Sexta-feira, 08/01/2010


Brasília - Após o término, no último dia 31, da campanha nacional de regularização de armas de fogo promovida pelo Ministério da Justiça, o ministro interino Luiz Paulo Barreto admite ser impossível precisar o número de revólveres, pistolas e espingardas ilegais existentes no país. Segundo ele, a estimativa de armas irregulares variava entre 4 milhões e 5 milhões. Contudo, disse Barreto, esse é um número difícil de calcular, já que há desde armas muito antigas em posse de colecionadores até as que entram ilegalmente no país.

Temos a convicção de que ainda há muitas armas [não registradas] nas casas das pessoas e que elas precisam ser devolvidas, mas como o prazo para o registro terminava no dia 31 de dezembro, o ministério centrou esforços na facilitação dos registros. A partir de agora, em 2010, vamos focar na devolução [dos armamentos irregulares], realizando uma campanha nacional”, afirmou Barreto ao divulgar, hoje (8), os resultados da Campanha de Regularização de Armas de Fogo.

Em 2009, 1.131.657 armas foram regularizadas. O maior volume foi verificado em São Paulo (244.681). Em seguida, vieram o Rio Grande do Sul (171.564), Minas Gerais (129.866) e Paraná (97.178).

O total de armas devolvidas ficou aquém da expectativa. Segundo Barreto, o motivo foi a prioridade no processo de regularização. Ao todo, 14.544 foram devolvidas durante o ano, o que obrigou a União a gastar R$ 1,321 milhão em indenizações, que variavam entre R$ 100 e R$ 300.


“Para ter um controle mais efetivo, simplificamos as regras de regularização. Eliminamos a cobrança da taxa e isentamos a apresentação de exames de aptidão técnica e psicológico”, explicou Barreto, acrescentando que, desde 2006, foram regularizadas cerca de 2 milhões de armas e devolvidas 490 mil.

Quem mantém arma sem registro está cometendo um crime que, de acordo com Barreto, só pode ser reparado com a entrega do armamento à PF. “É um crime previsto no Estatuto do Desarmamento, com pena de um a três anos de prisão, além da multa. A partir de agora, a única solução é entregá-la à Polícia Federal."


Quem quiser entregar sua arma terá que retirar um Guia de Trânsito no site ou em um posto da Polícia Federal para poder sair à rua portando o armamento. “A guia vale 24 horas, porque há o risco de a pessoa ser apanhada em uma blitz e, nessas circunstâncias, ninguém irá acreditar que ela estava indo devolvê-la. Isso é crime de porte ilegal.”

Atualmente, o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) contabiliza a existência de pelo menos 7 milhões de armas devidamente registradas. Número que deve mudar com o cruzamento das informações obtidas durante a campanha de regularização.